Museu de Arte Brasileira da FAAP na ConsolaçãoEm 23 de abril de 1938 Armando Alvares Penteado ao redigir seu testamento já deixava expresso seu desejo de criação de um museu. A partir dessa idéia surge em 1947 a Fundação Armando Alvares Penteado que, em 1957, fecha um acordo com Assis Chateaubriand. Essa parceria previa o estabelecimento do Instituto de Arte Contemporânea nas salas do edifício da rua Alagoas 903, ainda em fase de acabamento. A iniciativa durou pouco tempo. Dissolvido o Instituto, o acervo voltou ao seu antigo endereço na sede dos Diários Associados na rua Sete de Abril e a FAAP começou os trâmites necessários para a criação de um novo museu. Coube a D. Annie Penteado tomar as providências necessárias. A direção e a coordenação das atividades ficaram a cargo do casal Lúcia e Roberto Pinto de Souza. Intelectuais e especialistas foram envolvidos com a incumbência de traçar as características do novo museu e de organizar a exposição inaugural. O Museu de Arte Brasileira abriu ao público no dia 10 de agosto de 1961, com a mostra "Barrôco no Brasil". Contou com a presença de Jânio Quadros, então Presidente da República. A exposição tinha como objetivo analisar aspectos da arte barroca, complementada com atividades paralelas como cursos, mesas-redondas, concertos e ciclo de cinema. A exposição e seus eventos paralelos foram reconhecidos como um acontecimento nacional, comemorativo da cultura brasileira. A mostra reuniu cerca de 300 peças entre manifestações de pintura, escultura, ourivesaria, mobiliário, numismática e documentos. Ainda hoje continuam presentes no prédio principal, na figura dos moldes em gesso de esculturas do Aleijadinho e de elementos da arquitetura mineira e baiana, feitos especialmente para a ocasião pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.O núcleo inicial da coleção do MAB remonta à doação feita por D. Annie Penteado. O museu surgiu com a proposta de reunir e conservar um acervo de obras de artistas brasileiros ou aqui radicados. Atualmente conta com cerca de 2600 obras de arte, entre elas obras acadêmicas, registros da vida interiorana feitos por artistas primitivos, testemunhos da ruptura causada pela Semana de Arte Moderna em 1922, experiências das várias tendências da arte abstrata dos anos 50 e 60 e investigações dos rumos que todas essas manifestações tomam nos dias de hoje. Cabe destacar que na coleção do MAB há obras dos renomados artistas modernistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Víctor Brecheret, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Ernesto De Fiori, Guignard, Cícero Dias e Alfredo Volpi, também artistas de períodos posteriores como Tomie Ohtake, Evandro Carlos Jardim, Arcângelo Ianelli, Franz Weissmann, Amílcar de Castro e Nicolas Vlavianos, e jovens artistas atuantes na arte brasileira hoje como Sandra Cinto, Albano Afonso e Cláudio Mubarac. O MAB vem inovando seu âmbito de interesse. Além da pesquisa e organização de exposições de temas pertinentes à produção artística brasileira, incorporou a apresentação de mostras de arte internacional e temas de interesse geral que trazem experiências significativas ao público e ampliam a compreensão do fazer artístico e cultural. É o caso das exposições "Napoleão", "China. A Arte Imperial, A Arte do Cotidiano, A Arte Contemporânea", "Traço, humor & Cia.", "Arquitetura Contemporânea Brasileira", Herança dos Czares - Obras do Museu do Kremlin de Moscou e Obras Primas da Calábria. Visando a acessibilidade do público às exposições, o MAB também oferece o Serviço Educativo, com visitas monitoradas e oficinas de arte com acompanhamento de um educador informado sobre o assunto abordado. Esta visita é disponível ao público em geral, ou pode ser direcionada para escolas ou grupos especiais. Museu de Arte Brasileira da FAAP na Consolação
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